A Aventura do Aprendizado [MÉTODO ANDARILHO]

Ei, você! Sim, você mesmo.
Você sabe aprender?
Quando se fala em aprender, muitas pessoas já se imaginam sentadas em uma cadeira desconfortável com um livro aberto e algumas anotações nas páginas de um caderno de várias matérias. Alguns podem até enxergar o professor, sentado diante de diversos rostos desinteressados, corrigindo provas que vão determinar o conhecimento obtido através de notas, números que nada dizem.
Será que isso resume o que é aprender?
Tempos atrás, isso era tudo o que o ensino podia fazer. Hoje, com o avanço da tecnologia, as coisas são bem diferentes. Alunos de diversas localidades do mundo podem se encontrar através do simples toque de algumas teclas, sorrindo para uma webcam e aprendendo um idioma ou uma cultura completamente diferente da sua. A informação está a um clique de distância, sem filtros ou divisões, e tudo o que separa o internauta de um novo conhecimento é seu interesse.
Nesse cenário hipotético (e real), no qual muitos educadores têm receio de perder seus empregos para máquinas programadas para ensinar (que não comem, não dormem e não reclamam de salários baixos), qual passa a ser a principal missão dos professores, tutores e até mesmo dos pais desses novos alunos?
Inspirar!
Rubem Alves, um dia, divagou sobre o professor de espantos com grande sabedoria. Tal profissional tem de incentivar a curiosidade, inspirar a busca pelo conhecimento e levar os alunos até um ambiente em que eles entendam que todo o aprendizado é válido e não ocupa espaço, não pesa e não vai incomodar no futuro.
E como o educador realizaria tal façanha? Uma coisa eu garanto: a melhor forma de NÃO inspirar o aprendizado é se sentando na frente dos alunos, abrindo um livro qualquer e riscando conteúdo no quadro negro. Precisamos de uma nova forma de ensinar!
Precisamos entender que aprender pode ser uma aventura! Precisamos explorar o lúdico, engajar os alunos, motivá-los e mostrar que eles sempre podem se desenvolver através do esforço, sendo recompensados pela determinação, a qual sempre deve ser valorizada e reconhecida. Precisamos aceitar que o mundo girou, e girou bem rápido, e que agora a sociedade vive uma era digital, de informações rápidas e interativas que distraem mesmo o mais dedicado dos estudantes que esteja rabiscando apostilas novas de metodologias antigas.
Se o mundo mudou, precisamos mudar junto com ele. E toda grande mudança começa no ponto crucial da humanidade: o conhecimento.