DIGA AO POVO QUE FICO

Gabriel deixa a cidade grande e viaja sem destino certo. Descobre, por acaso, a fictícia Vale Manso e se vê misteriosamente preso àquela pequena cidade. Conquista muitos amigos e um amor. Resolve fundar uma vila comunitária. Visionário, quer inocular ali o germe de uma nova concepção de vida em comum. Porém, há inimigos a sua volta. Ele sabe que terá de lutar, pegar em armas, liderar seu povo. Mas acredita em seus sonhos.
Aventura, disputas pelo poder, conflitos amorosos, fenômenos sobrenaturais; os dons extraordinários de um curandeiro-vidente; as revelações bombásticas de uma moribunda; espiritualidade, crítica social, reflexões filosóficas – fios de uma trama que vai marcar para sempre o destino de um povo.
Evidências derruindo ceticismos. E uma pergunta tácita pairando no espírito de todos nós: até que ponto é possível fechar os olhos para fenômenos supostamente místicos, quando estes desafiam o cristal de nossas crenças?
Por vezes um homem precisa caminhar solitário por longa trilha; distanciar-se dos demais; sentar-se à beira de um regato e ali se abandonar, embalado pelo doce arrulho das águas rolando entre as pedras. Desvencilha-se, assim, do emaranhado de ideias confusas que lhe oprimem o espírito. Retorna minutos depois, refeito. As ideias, antes caóticas, agora estão harmonicamente dispostas, como notas musicais na pauta. Ele retoma sua luta. Tem certeza da vitória.