Ensaio sobre Obesidade - Tudo que um médico precisa saber

Ao atender um paciente obeso, o médico tende a pensar que os sintomas referidos estão diretamente relacionados a essa condição: isso constitui um erro!
Alguns exemplos (entre centenas) de erros:
1-Dispneia aos pequenos esforços: a obesidade, isoladamente, não causa dispneia.
O médico não faz um exame físico adequado, e encaminha ao endocrinologista.
O endocrinologista pede exames laboratoriais, e institui uma dieta para perda rápida de peso.
Diagnóstico final: miocardite, valvulopatia, etc.
2-Lombalgia: o médico pede RX de coluna lombar (AP+P).
O laudo do radiologista descreve a presença de osteófitos marginais nas vértebras lombares (e outras bobagens).
O paciente é encaminhado ao ortopedista que considera a lombalgia como consequência da obesidade.
O ortopedista receita AINH, e encaminha o paciente ao nutricionista para perda de peso.
Diagnóstico final: Espondilólise ou espondilolistese grau 1.
Obs. Os osteófitos não causam dor. Lise e listese são vistas, ao RX, apenas nas incidências: oblíquas direita e esquerda. Outros diagnósticos: metástase de Ca de próstata,DIP, cálculo renal, etc.
CONCLUSÃO: examine o paciente obeso como outro qualquer.
Não faça diagnósticos precipitados por conta de desinformações médicas presentes em todas as áreas da Medicina.
Não acredite em tudo que se fala em Congressos porque sempre existe uma Indústria farmacêutica ou alimentícia patrocinando tudo, e interessada em mudar conceitos médicos.
A cada ano, aparece uma “novidade” em nome da “modernidade”.
Uma das últimas: “a célula adiposa produz substâncias tóxicas e inflamatórias,que promovem uma queda da imunidade, etc.”.
O grau de dificuldade, para realizar uma pesquisa como essa, é maior do que descobrir uma substância que impeça o acúmulo de gordura corporal (obesidade)!
Este livro mostra,claramente,como um médico deve entender a obesidade.