UM FILHO

UM FILHO já tem uma longa história. Primeiramente escrita em inglês em 1985, com o título Houses Without Walls, a peça teve depois uma versão portuguesa que foi editada em Duas Comédias (Relógio d´Água, 1996). Dez anos depois, Luísa Costa Gomes reescreveu totalmente a peça para a encenação que Ana Tamen apresentou no Teatro da Malaposta em Outubro de 2005.
A situação de partida é simples : chega a casa de um casal de meia idade um rapaz que a dona da casa assume ser o filho de uma velha amiga. O rapaz vai ficando. Ao fim de um mês, no entanto, a dona da casa percebe que se enganou e que ele não pode ser quem ela pensou que ele era. Mas será que ela é quem ele pensou que ela era? E o marido, será ele o mesmo ao fim de dois meses com um estranho em casa? E se o marido não for o mesmo, será ela a mesma? E se não forem os mesmos, quem serão? E que dirá o filho dela quando vier a casa e encontrar o outro a dormir no quarto dele? O espaço da sala transforma-se com a transformação das personagens e dos laços que os vão unindo, ao sabor das alianças e das pequenas traições. Um Filho talvez se possa classificar de comédia metafísica...