MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBA (COLEÇÃO MACHADO DE ASSIS Livro 6)

Memórias Póstumas de Brás Cubas surpreende pois a narrativa é feita por alguém que já não habita o mundo dos vivos, é engraçada e dotada de irreverente ironia ao tratar as descabidas vantagens de alguns poucos sobre a grande maioria da população.
Desde criança Brás Cubas recebe privilégios dignos de sua classe social, chegando ao extremo de ter como brinquedo um escravo menino também, chamado Prudêncio que lhe servia de montaria e todo tipo de abuso tido como traquinagens de criança.
Cresce e pelo fato de ter sido mimado o tempo todo desde o nascimento, torna-se um jovem gastador, dentre seus gastos um deles era com uma jovem prostituta de luxo de nome Marcela à qual recebe dele na narrativa palavras simbólicas para falar da relação de sentimento misturado com oportunismo sem deixar mencionado a condição de trabalho da moça. Sua paixão por Marcela leva-lhe a receber castigo do pai que preocupado com as vultas montas gastas lhe envia para a Europa com a finalidade de estudar em Coimbra para receber o título de bacharel em direito.
Volta diplomado e vive certo período de marasmo até que um segundo amor toma conta dos seus dias; enamora-se de Virgília, mas seus destinos não caminham juntos e ela casa-se com outro, levando junto à possibilidade de Brás Cubas entrar para a política como era o desejo de seu pai.
Família abastada mas sem histórico de fortuna, cujos ganhos deram-se pelo trabalho de fabricação de cubas, tachos e outros objetos, fazendo com que a sociedade não os veja como iguais.
Obra publicada em 1881, romance da trilogia realista de Machado de Assis.