Toque de Recolher

Drica e JP são dois jovens cheios de problemas. Drica está em seu ano de vestibular, desejando passar para uma faculdade em outro estado e se livrar da favela onde cresceu, mesmo que sua mãe não a apoie. JP realizou esse sonho alguns anos antes, mas precisou voltar para casa quando não conseguiu se manter em outra cidade porque ninguém estava muito confiante em contratar um jovem negro recém formado e filho de bandido. Os dois se encontram em circunstâncias desfavoráveis, em um verão confuso, cheio de medos de um futuro incerto, pequeno demais para seus próprios sonhos, e encontram, um no outro, o apoio que precisam para passarem por essa fase sombria de suas vidas.
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Algumas coisas deveriam ser direito de todas as crianças e jovens.
Eu não estou falando da tal lei da palmada, até porque eu levei alguns tabefes na vida e continuo ok, nem de escola, comida ou saúde. Todas essas coisas, é claro, são primordiais e necessárias.Mas eu falo sobre a perspectiva de futuro.
Quando você nasce na cidade, você tem o mundo em suas mãos, uma pá cheia de oportunidades e facilidades apenas esperando pela sua vontade, mas quando você nasce na favela...
A favela é uma dizimadora de sonhos. Não há limites para os preconceitos e para o abandono por aqui. Estamos sempre à margem da sociedade e, na sombra, escondidos e ignorados, crescemos.
E, então, nos armamos.
Da corja menosprezada, viramos o maior problema das grandes cidades do país.Mas sabe qual é a nossa melhor perspectiva de futuro?
Não morrer.