Pluft, o Fantasminha e outras peças (Teatro Maria Clara Machado)

O TABLADO apresenta:

Pluft, o Fantasminha(1955), a peça que consagrou o teatro infantil de Maria Clara Machado. A incrível aventura de um fantasminha muito divertido no mundo dos vivos! Pluft tem muito medo de Maribel, uma menina de carne e osso que se torna sua amiga. Ainda neste volume, teremos grandes surpresas com um vovô genial que tenta desvendar O rapto das cebolinhas(1953). Em O Chapeuzinho Vermelho(1956), conhecemos a brilhante adaptação para o teatro de um dos contos mais tradicionais da literatura universal. Em seguida vem O boi e o burro no caminho de Belém(1953), sua primeira peça e a que teve mais montagens até hoje, uma farsa-mistério que recria a história natalina. E para fechar, A coruja Sofia(1993), que apresenta de forma inusitada os conflitos entre a cidade e a floresta. Tudo no melhor estilo de Maria Clara Machado.

Desde a fundação do teatro Tablado, em 1951, gerações de crianças têm sido encantadas pela magistral obra de Maria Clara Machado.

Na infância, este momento tão importante de formação da nossa sensibilidade, da nossa forma de ver e entender o mundo, quando a nossa capacidade de se espantar e de se maravilhar com as coisas mais simples está tão aflorada, ter a oportunidade de ler, ouvir ou assistir às peças de Maria Clara é realmente algo precioso.

Sua escola de teatro também tem proporcionado a várias gerações a possibilidade de entrar em contato com o lado lúdico da vida. Lá, tantos amadores viraram profissionais nesta eterna alegria do “fazer de conta”... Curiosamente, o ator mantém viva a crença na ilusão, tão presente nas brincadeiras infantis.

Tenho a imensa felicidade de, através do teatro, ter tido a oportunidade de viver não apenas na realidade do cotidiano, mas também poder ser, por vezes, Pluft, de Pluft, o Fantasminha; Maria, de O boi e o burro; Sapoti, de Quem matou o leão?, entre tantas outras personagens que tive a alegria de fazer.

Fazer parte da família “tabladiana” foi não só uma sorte que determinou o rumo da minha vida profissional, como o Tablado tem sido até hoje um lugar de eterno retorno afetivo para mim.
Cláudia Abreu

(…) Querida Maria Clara Machado, não lhe faço favor nenhum situando você no grupo dos poetas que nos ensinam a amar nossos semelhantes sem deixar de sorrir de suas bobagens, e a amá-los até mesmo em função disso. Trata-se de uma galeria ilustre, presidida por um Supervielle e um Saint-Exupéry. Seu Pluft, Machado por excelência, é das pessoas mais vivas e aprazíveis que tenho conhecido, e me deu, como raramente o sinto, o gosto de uma realidade latente sob o real, e ele abre também uma ponte, mais larga do que a da Rua, entre o homem e o menino (...). A ciranda de troncos vestindo figurinos de Kalma Murtinho, em torno de Chapeuzinho adormecido, é das coisas mais bonitas que um diretor-poeta já ofereceu a meninos pequenos ou calvos.
Carlos Drummond de Andrade