O Dente do Meio do Garfo

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O Dente do Meio do Garfo

José Humberto da silva Henriques

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Os Dentes do Meio do Garfo
Esse romance excepcional recebeu o Prêmio Manaus de Literatura no ano 2015, no gênero. Entretanto, permanece inédito. Trata da história de um solteirão que busca se manter incólume pela vida afora. Livro bem humorado, espirituoso, uma das peças mais imponentes que o JH Henriques escreveu. O cenário é o de salitre de Minas, nas terras da Serra da Lavrinha, vizinhança do Corgo do Ouro. Vale a pena conferir um romance assim. Fragmento do romance: Pé de Serra. Serra da Lavrinha. Lugar onde o passarinho pia com semente cremosa fincada no bico e o azulão, ele mesmo, sabe do rabo que pende, mormente o assa-peixe ou o sapé mais ordinário pode ser a luxúria do ninho quando o mês de outubro arrebenta-se com as primeiras chuvas. Lavrinha. Monumento de fora a fora, de tal sorte que nem dá para saber direito se aquilo começa ou em algum lugar se acaba. Primo Vartercin olhou a têmpera das horas, as corriqueiras. Era um tempo de frescor e nada nesse mundo podia ser mais arenoso do que a banda solitária da existência. Clamou por alguma companhia. Viver assim, em solidão e sem presença de mulher é uma coisa que acaba demais remexendo com os nervos da criatura. O homem, estando nesse estado de sofrimento, geme que lá do céu se escuta. Labuta dele, ser assim, cheio de dores pungentes. Com trinta e sete anos de idade no lombo, o sujeito acuado dessa forma acaba por se tornar igual a animal inteiro, capaz de atravessar rio cheio e a correr paus, cerca, mata-burro, cancela, ziguezague, fogo atado em capim alto e atravessa até pouca-vergonha.
Quando um homem se põe assim, tem vez que fita as coisas todas em torno, como se estivesse a tirar medida do nada com uma régua feita de sonhos. Nascido e criado na Lavrinha, primo Vartecin saíra dali poucas vezes, a não ser uma ou outra viagem para conhecer os pés da Santa na Água Suja e em Trindade do Bom Senhor Jesus Cristo, tirando isso, o seu lugar mesmo era a Lavrinha e nunca se arrependia de nutrir um amor assim incalculável pelo lugar. Das vezes que tirara tempo para ficar fora uns dias, já no terceiro estava a matutar se não era mesmo hora de voltar. O berro da vaca e o mugir do bezerro lhe faziam falta. O gosto da água que descia da serra da Lavrinha ficava como uma memória doce que tinha que ser recuperada de forma imediata. O que tinha que experimentar em vida, senão a solidez simples de sua confraria com o que a terra podia desvendar, desde o besouro grande, o rola-bosta, até a grandeza de um por do sol colorido.
Laerte, chego a achar as suas pernas muito formosas! Foi o que disse o Primo Vartercin, num rompante de pouca sinceridade, somente para justificar a prosódia que lhe vinha ao peito. Laerte refugou da informação. Falou. Tu estás ficando doido, homem? Ninguém gosta desse tipo de brincadeira, vaaaaptttt! Ora, era assim mesmo que se conduzia o caso. Estavam a remendar um buraco na cerca de arame farpado que fazia a divisa com as terras de Juca Cesarino. O sol alto das dez da manhã incinerava demais até onde a vista pode recolher imagens. Chegava a tremer em rumo de um pau-terra com as sementes enviesadas, como é mesmo de acontecer com a imensidade desse tipo de pau. Laerte era de fato de poucas brincadeiras. Sofria de uns desmaios pontuados com queda ao chão e coices, a ponto de morder a língua e por o miolo das tripas para a banda de fora do corpo. O primo Vartercin queria mais conversa, porém, o outro se sentira ofendido com aquela conversa de tibungo, uma prosa que mesmo não pode levar a nada de proveito. Estavam atrasados para a hora certa do almoço, o momento de descer a serra e buscar água fresca e um prato de arroz com feijão, farinha nova, mandioca e alguma regalia de costela de porco. Sendo assim, a fartura por si mesma de longe chega a exalar.

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