Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro Aurora sem dia para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.
Em "Aurora sem dia", publicado no Jornal das Famílias em novembro e dezembro de 1870, o narrador nos apresenta Luiz Tinoco, jovem que vive modestamente, com o ordenado de pequeno empregado da Justiça, na casa de Anastácio, o padrinho aposentado. Apesar de sua condição social e da origem familiar, obliterada pelo narrador, mas certamente humilde, o moço julgava estar "fadado para grandes destinos". Luiz Tinoco, sem motivo aparente, se crê poeta, seduzido pelos
"louros alheios". Da noite para o dia, eis que lhe brota, escrito ardentemente em apenas três horas, um soneto de métrica bastante irregular. As falhas da composição não o
impediram de publicá-la na seção "a-pedidos" do Correio Mercantil. Dois dias depois, novo poema, de feitio ultrarromântico, que a intervenção de um amigo conseguiu que se publicasse em jornal. O padrinho, pego de surpresa e
convencido de que poesia significa miséria, opõe-se às pretensões literárias do afilhado e pede ao amigo Dr. Lemos que aconselhe o rapaz. No entanto, nada fez Tinoco desistir:
procurando a aclamação pública, ele inundou os jornais de suas insignificantes e repetitivas produções e, mais tarde, publicou Goivos e Camélias, livro de duzentas páginas que obteve como crítica apenas "algumas linhas que fizeram rir a toda gente".
Já se vê a figura: a falta de talento é proporcional à arrogância, e ambas multiplicadas pela aversão ao trabalho paciente e ao estudo dedicado. Os poemas de Luiz Tinoco eram "de uma tristeza que fazia sorrir, e de uma alegria que fazia bocejar".
Neles o poeta misturava, em versos desmazeladamente escandidos, referências maldigeridas, de Shakespeare, de Dante, de Basílio da Gama. Vê-se aí claramente o verniz
trincado da ilustração superficial, refinamento de vitrina tão familiar na nossa cultura bacharelesca, que se alimenta "de doutrinas dos mais variados matizes e com que
sustentam, simultaneamente, as convicções mais díspares". Os leitores não apareceram, e Luiz, convencido de que poderia fazer "da sua pena uma enxada", descuidou do trabalho e perdeu o emprego. Dr. Lemos, assumindo o papel de protetor, propõe nova ocupação para o desempregado Luiz Tinoco, em casa do
"ex-deputado Z", advogado e integrante de certo círculo de homens públicos de oposição. O jovem Luiz, no princípio a contragosto, aceita a indicação. Então, da mesma maneira abrupta que um dia despertou poeta, Tinoco decidiu
de repente que "os seus destinos eram políticos". Era ainda o mesmo Luiz: movido por um idealismo inconsistente, fazia brotar no campo da política as mesmas frases mal pensadas e pior formuladas de sua produção poética. O que parece ser uma escolha mais ao rés-do-chão, do ponto de vista dos eventuais benefícios que daí pudessem advir, guardava ainda os fumos de uma vaidade divorciada de verdadeira vocação e, sobretudo, de paciente preparo. Daí a pouco, Tinoco faz-se candidato e é derrotado. O político-poeta acaba sendo enviado pelo advogado Z para a província, onde novamente se candidata a eleições, saindo desta vez vencedor. Mantém-se o mesmo incorrigível fabricante de frases feitas e passa a ser ridicularizado pelos seus pares. O narrador, por sua vez, é quem continua cantando em contraponto ao sublinhar as fragilidades do protagonista. Passados três anos, Dr. Lemos vai encontrar Luiz Tinoco ainda na província, onde se tornara um "honrado e pacato lavrador", casado, pai de dois filhos: segundo o narrador, "uma criatura muito outra e muito melhor".
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