Concordia Militvm

Era importante que os exércitos do Oriente se familiarizassem com um governante do Ocidente. Antes, cunhar uma legenda chamada de “concordia” entre todos os exércitos fazia sentido propagandístico perfeito. Na abertura do terceiro século, o pluralismo monetário prevaleceu no mundo romano. No ocidente, o sistema monetário permaneceu, em suas linhas gerais, o posto em prática por Augusto e a casa da moeda de Roma manteve, com exceções temporárias, o monopólio da cunhagem nos três metais, ouro, prata e bronze. Nos Balcãs e no leste de língua grega, as principais moedas imperiais eram combinadas com uma multiplicidade de moedas locais em prata e bronze, principalmente no idioma grego, moedas batidas por várias colônias, cidades e koina (“província romana”). O bronze em particular, o meio no qual as transações diárias ocorreram, foi produzido em casas cujo número aumentou progressivamente para culminar em mais de 340 sob os Severos, localizados principalmente na Ásia Menor. Um século depois, em 294-296, o sistema não era mais dual: a reforma da moeda de Diocleciano estabeleceu um sistema unificado para o benefício exclusivo da moeda imperial central. As únicas denominações em moeda eram as do sistema romano, o latim tornou-se o idioma exclusivo das moedas e as casas de cunhagem que não as imperiais foram fechadas. O aparato de produção foi reduzido e, ao mesmo tempo, padronizado, desenvolveu-se uma densa rede de casas, ao longo das fronteiras e próxima das necessidades do exército, prefigurando a divisão tetrárquica do império em dioceses. As alterações, necessárias à desintegração do sistema monetário, ocorreriam por marcha forçada ao longo de um intervalo de 25 anos, entre o momento em que a moeda de prata no centro do sistema, o antoninianus, atingisse seu ponto de partida. maior degradação no início do reinado de Aureliano e aquela em que a reforma de Diocleciano abriu uma nova era.