A IMORTALIDADE DO ESPÍRITO

Todos os espíritas sabem que Allan Kardec (1804-1869) no momento em que estava agrupando e classificando o conjunto de registros – os psicografados por sua equipe mediúnica e, os que foram redigidos por ele – para dar forma aos originais de “O Livro dos Espíritos”, concebeu a expressão perispírito para especificar o corpo que envolve o ser individual ou espírito.
Era necessário apresentar uma definição clara para que ficasse bem entendido que o espírito não possui ação direta sobre a matéria. Por isso ele necessita de um agente, de um intermediário para executar ações diversas no plano físico.
O tempo transcorreu, e chegaram até ao plano físico as informações fornecidas por um grande disseminador da Ciência Espírita: André Luiz.
Com sua valiosa literatura científica ele renovou nosso conhecimento, ensinando sobre a existência de outros corpos – ou campos energéticos – a envolver o espírito: o duplo etéreo (existente somente nos seres que estão reencarnados) e o corpo mental.
Nós formatamos a presente obra com a finalidade de aglutinar mais conhecimento sobre esse importante campo energético de interação espiritual, que é o perispírito ou psicossoma.
Através de longo e pormenorizado trabalho de pesquisa, nós procuramos elementos para, pelo menos, deslindar parte do mistério que cerca a formação desse invólucro que surge como um campo eletromagnético criado pelo corpo mental, e que com este divide certos grupos de dados referentes à formação do corpo biológico humano.
Ressaltamos que esse nosso livro é resultado não só de pesquisas em obras doutrinárias espíritas, também recorremos aos livros acadêmicos.
Acreditamos que a união de informações, aparentemente distintas, oportuniza o entendimento do estudo levado a efeito inicialmente sobre o princípio inteligente, até que este atinge o estágio mais elevado, ou seja, o de espírito.
O perispírito tem sua origem como um campo de informações mais rudimentar, o qual recebe a denominação de corpo astral, servindo como molde para a geração de espécies vegetais e, depois de incontável período de tempo, passa a modelar as diversas estruturas do corpo físico dos animais inferiores.
O progresso se trata de uma lei universal, estruturada por Deus com a finalidade de ser um agente auxiliar para tudo o que seria criado em seguida. Nada no Cosmos existe sem uma razão de ser.
Todas as coisas passam por ciclos ascensionais, evolucionando continuamente, ou seja, um pedaço de rocha não será eternamente um fragmento de pedra, igualmente o princípio inteligente – presente inclusive na pedra já mencionada – terá de progredir e se transformar em espírito.
Neste trabalho nós partimos do pressuposto de que – como tudo na Natureza – também esse corpo energético conhecido como perispírito, atravessa conseguintes etapas de modificações e de ininterruptos aprimoramentos.
É inequívoco e necessário que todos esses eventos estejam submetidos a uma lei e, que esta resulta de um planejamento, o qual foi alinhavado fora do âmbito material.