PENSAMENTO CIENTÍFICO EM EVOLUÇÃO

Nós pensamos que no passado remoto o céu noturno com todos os seus “misteriosos” pontos brilhantes, foi, certamente, algo que deve ter chamado muito a atenção dos seres humanos. Todos os dias havia a transição da iluminação solar para a penumbra noturna e, aquela infinita profundidade perdida no negrume e circundada por centenas e centenas de pequenos focos luminosos deveria encantar a visão dos homens. Findada a noite, o Sol nascia e escaldava com seu brilho tudo o que a escuridão noturna ocultara. Os seres estavam dando seus primeiros passos para a interpretação dos mais sedutores elementos cósmicos e da própria Criação. Certamente que a caminhada seria um tanto árdua, e possivelmente, muitos enfrentariam grandes dificuldades intentando buscar respostas para seus próprios questionamentos e os questionamentos de terceiros. A melhor ferramenta que existia era a comunicação.
O processo de comunicação entre os seres humanos tem como base a transmissão de saber sobre temas diversificados e a ampliação do conhecimento por meio da divulgação deste. E o conhecimento espírita – que apresenta um corpo doutrinário bastante complexo por englobar o conhecimento de todas as Ciências – possibilita o entendimento da existência de diversas leis e realidades as quais ultrapassam a faixa perceptível através dos cinco sentidos humanos. Os cinco sentidos que possuímos não são suficientes para que percebamos o que possa existir fora de nossas limitações. Temos então de aceitar as descrições dessas realidades feitas pelos seres que se movimentam nessas dimensões que não vemos materialmente, até que possamos encontrar um método ou inventar um aparelho que possibilite visualizá-la.
O mais importante de tudo foi o desenvolvimento de um tipo de comunicação, sem conseguirmos trocar experiências como chegaríamos ao padrão tecnológico de hoje? Para os homens das cavernas conseguirem sobreviver naquele ambiente que era extremamente hostil, ele tiveram de aprender a se comunicar entre eles e assim terem meios de transmitir mensagens sobre possíveis perigos que estivessem rondando suas moradias (as cavernas), e também para conseguirem efetuar uma divisão de tarefas: uns iam caçar, outros pescar, outros preparar os alimentos, e assim por diante. Com a divisão de tarefas a vida em cada clã se transformou bastante, e para melhor. Algumas pessoas passaram a ter tempo disponível e aproveitaram este para pintar cenas que representavam graficamente as imagens do cotidiano cavernícola e, talvez, fosse também algum tipo rudimentar de idioma com ideogramas.
Hodiernamente, vivemos a era da comunicação na qual a maior parte das pessoas possui acesso à internet, às redes sociais, etc, e isso faz com que as mais diversas informações circulem com uma rapidez anteriormente nem imaginada pela ficção científica. Hoje, por meio de cursos on line, nós podemos aprender mandarim ou sânscrito em pouco tempo, e, além disso, ainda existem muitos mecanismos automáticos de tradução, com isso, uma mensagem que há 100 anos dependeria de alguém que soubesse interpretá-la e traduzi-la ganha hoje a característica da instantaneidade, podendo ser sucessivamente traduzida e reproduzida nos mais diversos idiomas e dialetos existentes. E um dos resultados diretos disso é que tal acontecimento gera um incrível poder de transformação, de evolução, de desenvolvimento muito grande, em uma escala jamais vista por aqui. Basta lembramos que na época de Allan Kardec o recurso tecnológico mais avançado era o telégrafo. Demorava horas ou dias para chegar uma resposta. Agora podemos controlar uma empresa estando sentado confortavelmente em uma cadeira, em um Home Office. Isso é um progresso ímpar para a sociedade humana. Daqui a cem anos no futuro qualquer pessoa terá acesso às nossas fotografias na internet e, ao que produzimos e foi englobado pela world wide web, e saberá que existimos e que realizamos algumas coisas.