NEUROFISIOLOGIA DA MEDIUNIDADE - Além do Inconsciente

O desenvolvimento da Neuropsicologia tem proporcionado a compreensão cada vez mais exata dos mecanismos que estão envolvidos na fisiologia cerebral.
Recursos como a tomografia magnética, a ressonância magnética e, também, a tomografia por emissão de pósitrons, entre outros, têm auxiliado aos pesquisadores a desvendar os mistérios do cérebro. Antes da invenção desses aparelhos não era possível observar o funcionamento das áreas cerebrais, e com eles até mesmo experimentos envolvendo a ação da mediunidade foram possíveis.
Aqui nesta obra tratamos do cérebro e da mente, e da conexão que existe entre ambos, como também da autonomia que há entre eles.
Os materialistas ainda buscam encontrar meios para suas interpretações sobre quadros mentais de psicoses, distúrbios diversos comportamentais e paranoia, somente com a análise da “máquina” cerebral. Eles aceitam somente a definição de que a atividade desenvolvida pelo cérebro resulta de um trabalho em conjunto de áreas cerebrais que interagem “mecanicamente”. Ao contrário deles, nós espíritas temos ciência de que os processos mentais são puramente expressões da atividade da mente. Entendendo dessa forma, fica bem claro que todo o trabalho do cérebro é uma função instrumental que possibilita ao espírito atuar sobre o organismo fisiológico ao qual está ligado por meio da reencarnação, e até de outros desencarnados que operem sobre o cérebro de um medianeiro.
A mente atua sobre o cérebro – por meio de um envoltório espiritual conhecido como perispírito, o qual age como um transdutor – e este cérebro produz efeitos no organismo físico do ser. Pelo que já foi descoberto, no córtex cerebral há a origem da atividade motora, consciente e voluntária. E nela todas as percepções sensitivas são decodificadas e organizadas.
Há uma interação entre o córtex cerebral, o tálamo e a substância reticular (dela se projetam estímulos neuronais que ou inibem ou ativam a atividade cerebral cortical) do tronco cerebral e do diencéfalo para a atividade do cérebro se expressar de maneira consciente. Ou seja, essas áreas – e outras mais – atuam em parceria para produzir um determinado efeito, da mesma forma que durante o processo de comunicação mediúnica existe a necessidade de parceria para que o médium consiga assimilar com maior exatidão as ideias que são expostas pelo agente desencarnado. Esses são alguns dos temas que analisamos na presente obra.

João Fernandes da Silva Júnior