Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro Constelações e Porcos para o Comendador para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.
Constelações e Porcos para o Comendador
Esse romance de longo fôlego conta a história da cidade de Meia Ponte. Cidade real com alguns personagens quase reais e um monte de fictícios. Meia Ponte, em Goiás, que hoje é a turística e belíssima Pirenópolis. Esse livro é apaixonante. Deveria ser lido e relido. Como esse autor é o mais goiano dos mineiros, mostra-se aqui um pequeno trecho do livro.
Criar porco solto é atabalhoar a paz das léguas. Um bicho que fuça no que deve e no que não deve. Porco como diz o nome, único animal que alia a grandeza da imagem com toda utilidade da forma. Pois que se uma cobra não é porca, por exemplo, fica nela somente a expansão de serpentário e nada mais, pois que há horrores com todos os formatos, um deles podendo ser a totalidade de toda porcaria que admite-se ser medida e esperada como forma de criatório. Em torno do lugar onde se cria o porco solto não cresce cará, mandioca e açafrão, inhame e batatas diversas, qualquer cebola que acha no chão a perseguição de crescimento. Benedito José de Jesus, o Catraia, trepado a um monte de pedra tapiocanga, observava o movimento dos porcos na lama repleta de mangas maduras, as que caíram do pé durante a noite de chuva espessa. Imaginava e não tinha nada com isso, mas prestava lá a sua atenção na forma das coisas andadas, o que ouvia em ruas da cidade de Meia Ponte quando estava a caçar lá o que não havia perdido. De onde estava, os pés descalços fincados aos ralos da pedra, seus buracos rubros e ferruginosos, se se abaixasse para sair da opacidade imposta pelos galhos da mangueira, podia fácil avistar a torre maior da igreja da Matriz, A cidade de Meia Ponte cruzando aléias brancas no rumo de todo crescimento e progresso. Catraia estava sentado sob sombra de uma mangueira de tamanho provençal, ouvia os porcos nas bátegas de suas porcarias, mirava a cada um com olhos vazios. E espicaçava o que menos fosse necessário, o que mais fosse em maço de nada e língua muda.
Tão incauto das suas inocências, um homem muito silenciado de paz pode achar qualquer graça num porco, embora sujo como um porco.
Sempre ouvira dizer que criar porco solto é exemplo de pouca cidadania. Portugueses da gema, aqueles com sangue de coroa, diziam que era assim. Mas se os porcos forem do Coronel e Comendador Joaquim Alves de Oliveira, muita coisa muda, pois que, o quê é que representa um simples leitão para a grandeza de um chão como é esse? Se as pacas, antas e capivaras fuçaram por aí tudo, de canto a canto, de légua a légua e ninguém nunca falou nada, quem é que vai dizer que porcos são diferentes? Bocas mais caladas. Catraia ergueu-se e procurou um galho demais sombreado, onde as frutas não apanharam sol além do que o estabelecido como necessário e perfeito. Aquelas que se arrastavam quase ao chão, mas que não eram do alcance da porcada. Os porcos somente comiam aquelas mangas que foram derrubadas pelos ventos de chuva. As mais maduras. A textura amarela ou alaranjada das maravilhas, gemas que mergulhavam na lama quando a queda era inevitável. No meio das ramas da mangueira centenária, Catraia afastava folha e folha, até que achou uma delas, a casca verdolenga, com pespontos de um amarelo, a cor puntiforme e a demonstração de que a carne da fruta estava firme – nádegas de negra no aprumo da idade jovem. Apanhou apenas uma, mas avistara uma penca onde tinha mais de seis. Umas mais verdes, outras menores experimentadas em estar de-vez. A manga escondida dos olhos, da chuva e do sol, somente cozinhada de forma perene pelo embrulho abraçado que as folhas formam em torno do corpo de cada fruto, cada um deles em particular. Fazendo a proteção que o doce necessita para amadurecer. O que o fruto há em essência, a nudez total que compõe seu sabor. Catraia entendia de ciências de chuva, de vento e de silêncio com jiraus de sonolência.
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