Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro A Dança das Aranhas Equilibristas para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.
A Dança das Aranhas Equilibristas
Nesse compêndio exemplar e memorável estão reunidos contos maravilhosos, à moda dos primeiros contos de JH Henriques, quando ele demonstrava toda a ousadia da criação riquíssima em figuras de estilo soberbas e acabando por atingir a sofreguidão dos neologismos. Um fragmento do conto inicial: Foi em ano santo de 1989, em um período deveras nebuloso para quem viveu o cá revivenciado, que é assim que deve ser rememorado o dono desta história de ficção e montaria – oxalá me pese mais a esculhambada falta de heróis. Estava a vida de Rosendo Tortillas sofrendo uma espinhadela nas ilhargas, um tempero alentado de se considerar. Explica-se tanto nome assim, o dele, ipso facto, os seus ascendentes, uma banda de casta espanhola, outra de castão normando. Nem mesmo nele pensado, nunca se justificasse uma mudança de itinerário das coisas que flutuam, ser ele Norberto ou Epaminondas. Mas é que são curiosos os percalços do mundo, como dizia o sábio Sancho das Panças, o que o fiofó tem a ver com as calças? O que reporto me foi dito pela boca dele, de Rosendo. Vi naquilo, à primeira vistoriada, um acontecido jornalístico, apenas. Não fosse a minha mania de vestir a pele da ovelha na oratória exígua da lesma e vice entre versas, o requentado seria diferente. Ficaria somente a pecha jornaleira. Tive que deixar a reportagem ensaiar uma quebra de procedimento linear. Afinal, eu pensava, almas não escrevem com a mesma tinta convencional retirada do tempo ou da noção de espaço, mesmo que seja de sangue a escrita ou a toureada. Manchei a divagação dele em manchas de estilo. Rosendo me contou como foi acometido do acontecimento, achei tanta franqueza em seus termos, tanta veracidade, que o todo acabou me contagiando e pensei depressa que aquela história não seria apenas um conúbio com seus dias, mas uma dança de equilíbrio que poderia ser passada sob as patas de muitas aranhas de circo, as que são equilibristas até no rasto. Ele contou assim.
O que eu dizia, foi no ano santo de 89 que Rosendo desembarcou na cidade de São Gotardo. Aliás, Gotardo sempre foi santo muito injustiçado, que tempo faz que por cá não de batiza um guri com o nome sonoro de Gotardo; são incontáveis os Mateus, os Joões, os Joaquins e os Silvérios dos Reis, mas muito escassos os Gotardos, nome mais virgulado não há; não se sabe por quais trombas d’água eles são raros, assim como são dificultosos de encontrada os Judas, tão vasto é o assunto que aqui me tergiversa e me desvia do itinerário de contar a coisa historiada e factual em vida de Rosendo; proponho-me em um momento de loucura mais sã, assinando compromisso com o governo federal e com a arquidiocese do Planalto – sob a égide de mono do ministro da Cultura -, fazer em escrita gótica um livro sobre o assunto que agora abandonamos – bívios claros de minha vida sofrida – , e que haverá, no mínimo, o mesmo número de páginas que cabem dentro do Pentateuco, mais a sobra de interesse que emana do Gênesis; Que dizia eu, tem hora que uma reverência de palavrório salva-se por um hífen, Meu são Sterne, valei-me nesta hora de subterfúgios e verdades, valei-me, que parece que me arrancam um dente sem a ajuda de anestesia, tal a minha inadimplência para continuar decompondo e fedendo nesta história de Rosendo. Foi em 89. Rosendo y Tortillas desembarcou em São Gotardo, em terras já quase aplainadas das Minas Gerais, depois de lugares onde se raspam as naturezas da Serra da Saudade. Ia ele para responder a um convite bom, umas festas obsequiosas que haveria por lá. Coisa de ele apreciar, pois que Rosendo era de regozar no regozijual. Começaria com seus álcoois matutinos, uns vespertinos já mais amenos, suas quermesses adivinhadas em lugar pequeno. As noitadas plenas de coxas grossas e prendas medievais. Finalmente, em sonho dele já partido para a terra, um bailado no clube, ou em qualquer lugar que se dance dentro deste mundo de meu Deus.
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