Taru Andé

Taru Andé
Taru Andé, a exemplo do que ocorre com o romance já publicado Xacriabá, ambos de autoria de José Humberto Henriques, narram a solidão enfrentada por duas tribos indígenas do Brasil. As duas de Minas Gerais. Uma a Sudoeste do estado e a outra ao Norte. Esses romances se baseiam na vida e na convivência que o autor travou com esses índios na década de 1990. Taru Andé é livro maxacali. O outro se baseia em vida de índios do mesmo nome: Xacriabá. A tribo maxacali marcha indelevelmente para a extinção. Isso torna esse texto amargo. E Taru Andé é um ritual religioso desse povo maxacali. Tanto em um romance quanto no outro, a abordagem sistematiza a ficção e usa a realidade como argumento de criatividade de um mundo espectral e difícil de ser compreendido. Ambos são notórios. Sendo assim, representam uma novidade romanesca nas lides brasileiras. O Mulo, de Darcy Ribeiro, tratou do assunto, mas somente de forma superficial. Esses dois livros, por outro lado, dedicam tempo integral a esse motivo.