Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro A Serpente e o Gavião para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.
A Serpente e o Gavião
Romance de fôlego, A Serpente e o Gavião é um marco na criação de JH Henriques. A partir desse livro estigmático o autor deslancha em sua criatividade em prosa. O romance traz trechos impagáveis. Sua construção não obedece à horizontalidade do texto e tampouco é linear. Livro fascinante, no dizer de quem já teve a felicidade de lê-lo. Esse livro trata de um roteiro entre Patrocínio e o Cruzeiro da Fortaleza – terra dos belos quintais de outrora -, no Alto Paranaíba, terra natal do escritor. Minas Gerais.
Trecho do preâmbulo: Tantas as estranhezas. O que ser a forma de haver um acontecido. Algumas delas nem fica de boa condução repassar. Contar como foi que aconteceu. Deixar de banda a banda esquecida. Melhor em coisa alguma é arrenegar. Dizia o meu finado avô que eu parasse com isso, que deixasse os mortos em paz. Que eu não ficasse reinventando os defeitos deles, todos os defuntos. Mortos renascidos tomam outro nome, ficam sendo História. Tinha eu um certo alívio mais em lidar com a História, melhor que arrancar defuntos à cova. A coisa estapafúrdia nem tem o seu lugar em conversa fagueira. Fica sendo o destoante da boa perceptude ou da gentileza. O que ser? Pois que muitas vezes o mal exibe um itinerário difícil de delinear. Por exemplo, pode caber uma história crua de nudez em lugar onde as damas conversam e bebem chá com biscuits amantegados? Entrar aí um sicrano qualquer e dar com a língua a estalar obscenidades. Nem cabe no lugar. Pois, faça-me o favor...! Entrar entre damas e começar a falar de advérbios fálicos. Lugar de sala e cozinha, onde as damas fingem que têm atavios de recato. Umas músicas de Debussy cumprindo roda. E debaixo da saias pululam fogos suficientes para tocar uma barcaça daqui até o Orenoco. Nem por tal há de se deixar um desenxabido, um que seja patente, na conversa de prosa maneira delas. Deve-se calar um gosto, deixar somente campear a imaginativa solução em conúbio singelo com as suas fornalhas. E já não basta e é muito? Tem mesmo palavras que têm duas línguas. Bífidas soluções. Tem coisa que não pode ser dita perto de damas ou de religiosos. Fica sendo desacatado autoritativo. Acho que quem tem uma infinidade de palavras bífidas pode ser Monsieur Zola ou o iluminado Diderot. Nunca concordei com insinuações maliciosas, mormente quando elas puxam o fio da conversa para o lado pessoal de alguma encenação. Da forma como fui criado - com respeito grande ao finado papai, o Marquês (rebaixado na patente depois que caíram os galões) de Verga-de-Quina -, não se pode sequer admitir a boca suja ou a falta de consideração e respeito para um grupo de damas que sorve o seu chazito de violetas e quebrisca nos dentes de leite o seu biscuit amantegado de Lion. Nada fica perdido nesse mundo. Não há censura que determine uma evolução filogenética. Os homens são muito intérpretes e todas as histórias são benevolentes e angariam basto poder de alguma sedução. Quiçá, as mais porcas. Houve um tempo em que as palavras tesão e sacanagem eram proscritas da boca limpa dos jovens. Hoje ficam sendo somente um cocozinho de tico-tico sobre um canteiro de um vizinho que não é o nosso e que não incomoda nem ao vizinho que não é o nosso. Então, é o que digo, devo deixar que somente uma parte mundana e desbocada entre na situação. Porém, somente quando estrito e carecido. Finado papai, Marquês de Verga-de-Quina (que caiu junto com o tombo dos galões) somente falava palavrões com suas amantes de maior e lúdica ternura.
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