Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro Ócio de Rabo Vermelho para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.
Ócio de Rabo Vermelho
Nesse livro de contos, JH Henriques retoma as origens. Volta a contar sobre as velhas pescarias feitas no Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais. Os contos são magníficos, têm cheiro de terra e pululam à chuva e água fresca. Exemplos desses afluentes do rio Paranaíba e Urucuia, afora o grande Rio Preto que trafega por Unaí e desce para lonjuras. Fragmento do livro: Osmerino Cristino de Oliveira olhou o céu do Pilar, fez um recurso de apara com as mãos. Tanta tangência, a horda do sol faz um círculo circunscrito, dá uma cor alaranjada cuja dor nasce de seus concêntricos. Cuja, a dor, a que vinha nos olhos e não há meio de se defender dela, de jeito nenhum. O céu do Pilar era de um azul culminado. Se tinha uma nuvem em viagem, um restolho de imagem dava uma esperança de que a batida da chuva fosse um relevo de frescor, o adiantado que se pressupõe para alívio das almas. Ademais, de onde estava, girava o grão das vistas, media uma das rochas lá no centro da baixada e desacoroçoava da imensa toada da existência. Um calango desova aqui, quero ver é o modo dele achar o ninho ou as crias, depois que se perder por aí, na busca de água para molhar a língua e as vontades! Falou porque um calango cinzento e com jeito sobrevivido, rústico, agitou-se diante dele, movia a cabeça, seus modos de uma criatura que se adaptou demais aos gorgolejados da vida. Ficou olhando o calango. No instante seguinte, observado de suas graças próprias, coisas que um dia aprendera na escola, cochichou, Se não tivesse ossos, seria chamado de inseto! Contemplava a graça que havia na coisa dita, contemporizava uma desgraça que lhe dava as ansiedades, um desconforto de corpo. Qualquer sentimento que o movesse para os aliciamentos da vida.
Ali naquele lugar de suas terras poucas, um dividendo de pedaço que ao Pilar pertencia, de onde estava podia acumular olhos, fazia um esforço e enxergava nas alturas a igreja de Nossa Senhora do Pilar. Tinha dia, era mais difícil de se ver porque a torre da igreja virava um tormento branco, uma coisa difusa e transparente no meio da imensidão que o sol tisna. O Pilar era pedra demais, das brancas e que pesam a tonelada maior que a terra ajuntada. E calango. E serpente que se achata para caber entre a sombra e a aspereza do bote. Das de escamas chatas, feias e que cismam de ter dois chifres curtos entre as ventas ou cruz na testa, o que dá na mesma intensidade de pavor, o sono que se acaba para tornozelos que têm que enfrentar aquele engonço dia atrás de dia. Josmerino via a igreja quando era de manhã, a fresca das horas; de tarde, quando a aba do sol se dobrava em mangas mais curtas, anunciava noite, nessa hora também podia divisar a igreja do Pilar. Além do mais, sabia que quando garoava, nesse caso também ficava mais fácil se ver o contorno delicado da paróquia do Pilar. Falava a quem estivesse por ali. Aqui é o único lugar do mundo onde o sol escurece, em vez de clarear! Seus modos de explicar as coisas simples e modestas, aquelas que diziam a ele que o mundo nem sempre é o que parece ser. O excesso de sol mitigava seus olhos, fazia os halos alaranjados e deixava suas visões em termos de pandarecos. Aprendera a usar a palavra pandarecos e achava graça nela também. Tem coisa que faz a gente rir e ninguém explica por que! Ele dizia e obstinava-se em não querer ficar ali. Queria mudar-se. Explicava razões. Tinha gente que concordava, tinha gente que dava de ombros. As opiniões alheias, porém, para ele eram apenas um sortilégio desnecessário.
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