Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro Portocaliu para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.
Estamos diante de mais um compêndio de poemas visuais estabelecidos por José Humberto Henriques. Esse livro elabora a poesia sob a forma de condensação máxima que apalavra pode albergar. Os poemas são sintéticos ao extremo, apelando para o dichtung perfeito, segundo a tradição germânica. O autor começou a elaborar seus visuais cerca de duas décadas, evoluiu e maneira surpreendente porque as técnicas de computação gráfica permitiram que assim fosse feito. O uso de programas de computador e suas revelações dão ao poeta a possibilidade de ampliar seus recursos e, assim, levar avante um projeto a cada dia mais audacioso. É disso que se trata aqui, a evolução da arte dentro dela mesma.
Esse Portocaliu – que as vezes o autor usa como referencial e muda para Porto(calil), avariando a palavra e passando do termo romeno para o árabe ou mesmo sugerindo que isso seja termo grego para o adjetivo bonito; fazendo desta forma, a substituição da última letra da palavra, permitindo que a interpretação seja complacente e muito ampla -, esse título que quer dizer alaranjado em língua romanesca, uma sedução permanente para o autor. Contudo, o título não acontece ao acaso. Portocaliu(l) trabalha coma cor laranja de cabo a rabo. Do começo ao fim do livro, todas as estampas são surpreendentemente alaranjadas. A variação dos tons e das coagulações pictóricas é variável, justamente pelo fato de ser necessário ao autor dar estímulo à diversidade para que o livro não se torne enfadonho.
Trata-se de uma obra-prima dos poemas visuais em todo o planeta. José Humberto Henriques alcançou seu objetivo ao propor essa abstração da obra poética, a pintura ou quase-pintura, associada ao desfecho do impacto condicionado á palavra apósita. Desta maneira, quando o leitor abre uma das páginas desse compêndio, depara-se com a sensação de que está a navegar em águas de teor verdadeiramente alaranjado. Pode ser que haja a dúvida sobre a apresentação do livro. Se o mais impactante é o visual ou a poesia em si. As poesias são donas de rimas ricas, de rimas musicais. Então, aí se associa a música a esta coleção de Estética da mais nobre qualidade. Entretanto, a se pensar em como ocorre o fenômeno criador/criatura/agrura, o mais importante não seria deveras pensar em dissociar as etapas desse trabalho soberbo. Não seria isso. O que conta, de fato, é que essa associação parece ser indissolúvel, bem como a dançarina não se aparta jamais da condição de ser um eterno cisne que navega nas ondas cristalinas de um lago fulgurante.
Esses poemas trafegam num tema, embora isso não seja a patente estabelecida pelo escritor. A memória está presente em todos os poemas. Muitas vezes, de uma maneira que poderia ser chamada de estilizada ou disfarçada. Ainda assim, tudo nesse livro é memorialista. À maneira dos dois livros de poemas anteriores, digo, de poemas/visuais anteriores, Pueblo e Aldehuela, esse Portocaliu desenha um primor de agregação estética, talvez uma das façanhas mais divinais que aconteceram na poesia visual nesse século em todo o mundo. Não se tem notícia de nada que fosse mais surpreendente. Porém, isso tem duas vias.
Henriques é considerado escritor clássico. Seus romances, contos, poesias, mesmo suas peças para teatro, sua dramaturgia, os ensaios que publicou, todos esses produtos são de teor profundo e estético. Esse autor não admite concessões dentro de sua criação. Mantém a qualidade e a cada momento surge nova obra. Quando se pensa que se esgotou o veio, o poeta surge com um novo livro. A qualidade não se deixa abalar. A surpresa constante é uma dádiva que esse escritor carrega. Seus leitores o reconheceriam com olhos vendados no meio de uma celeuma de outros escritores. Por isso, diante de todos esses motivos, Henriques traz ao Brasil a recuperação – pelo menos uma tentativa disso – de seus méritos e suas honras. A Arte tratada com o esmero de quem sabe o que faz.
Não se pode admitir o desconhecimento desse escritor brasileiro.
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