Telúrikus

Telúrikus
Esse livro parece compor com Lúdikus e Elástikus uma espécie de trilogia desafiadora. Esses poemas intercalam o visual com a poesia convencional, palavra por palavra. Os poemas convencionais fazem parte do antigo e já publicado “O Livro das Águas.” Segundo diz JH Henriques, o uso da artimanha da simplicidade gráfica feita através de métodos de computação, o uso dos desenhos rígidos e quase infantis, tudo leva a uma elementar prática da associação entre figura e palavra. Com isso, a ideia some e o todo mostra a estética desejada. Esse texto deixa de ser experimental porque já é uma maneira engajada de se construir poesia. Essa associação transborda e quebra a rigidez da poesia convencional, de tal sorte que não deve e não pode ser quebrada, sob pena de prejuízo da construção. São poesias magníficas, dignas de figurar num acervo universal de Literatura. O próximo livro de Henriques traz Elástikus e com isso a trilogia está completa. Vale a penas ter esses exemplares. A dizer-se o fato, eles são independentes e a ligação entre os três é mais temporal do que mesmo uma necessidade didática ou de configuração poética.