Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro Grito para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.
Os Doze Trabalhos de Sinval Prexeca
Esse romance é portador de grande fôlego, à moda de muitos dos livros de JH Henriques. É um de seus livros cuja temática é ambientada em Minas Gerais – Brasil. O livro trata da vida de Sinval Prexeca, um camponês morador da cidade de Perdizes, no Alto Paranaíba, sub-região das Minas Gerais. No entremeio de tudo que se narra surgem as problemáticas existenciais da personagem, todos os seus temores e alegrias. De uma maneira alegórica e subliminar o autor usa a imagem de serpentes e outras peçonhas com a finalidade de levar avante um enredo extremado e vigoroso. Um fragmento desse gigantesco volume:
Alto e espigado, as mãos com uma força elementar, capacidade de todos os ossos, Sinval atravessou do chiqueiro até a porta do terreiro da cozinha com o passo do distraído. Adiantado de expedientes, com quarenta anos no lombo dera-se para enredo de uma preguiça de hora marcada, de meio-dia para a tarde é que se enviuvava de preceitos muito escorreitos. Andava com o passo do distraído. Entrou na cozinha e remexeu nas brasas de ontem, as que se cobriam de cinza, o fogão com suas lisuras de um tempo atávico. Acendeu um pito gordo e baforou. Em torno de si, a dimensão de toda a casa, o soalho com circuitos de som cavo, as tábuas longas que formavam o todo onde se pisa. Se tinha seu sossego e que desse sobra, seu jeito de ser sofria em casos quaisquer, o tempo mitigando imagens e recriando dores em suas maneiras de estar. O que lhe faltava? Depressa bem respondesse, nem tinha como dizer que não. Uma rapariga com saúde suficiente para as cargas de suores e amores, que isso é motor e ninguém pode renegar a substância da simplicidade, o trivial. Com uma careta de sofrer ajuizado, outra careta de lembranças eternas, estalou as juntas dos dedos das mãos e sentou-se para assoprar a fumaça com mais seu deleite. Ficava dentro de lembranças escorregadias e sumárias quando se obstinava em ser, si mesmo, toda a toada de um conhecimento que fala que eu mesmo sou assim. Se pensava em diversidades de anotação, como aquelas que ficam em caderno sumário da memória, que se fosse eu outra pessoa, de repente, como se fosse a ilusão da frase uma bobagem a ser medida, afastava o pensamento e punha-se outra vez com os pés sobre a terra. Sabia que a coisa mais difícil de ser contida, mesmo em qualquer situação de solidão e assunto pouco, é o pensamento. O pensamento não cabe na mínima roda de qualquer ilusão? Perguntava-se. Se eu fosse outra pessoa, pode ser que nem eu fosse eu mesmo na pessoa outra? Quando chegava a tal questão meio abestalhada, recusava e ria dos vazios e ocos da inteligência.
Grito
Grito é um romance sui-geneneris. Trata da vida de um jogador de futebol de várzea que, habilidoso ao extremo, acaba sendo contratado pelo Esporte Clube Corinthians Paulista. A história começa a retratar a vida interiorana desse jovem. Passa pelas conquistas e temores. Suas aversões, suas glórias efêmeras em futebol de pelada. Até que é transferido para a capital. Aí sua vida muda um tanto e a sofreguidão imposta pelo sistema acaba por destratar suas ambições mais zelosas. Um fragmento desse tratado. Depois, em tela de televisão a bola assume uma seca composição que faz salivar. Ficara sabendo que as bolas usadas nesses jogos internacionais, as partidas das grandes seleções, são inteiriças e sem o bico clássico por onde se mete o ar. Se murcham, eu pensava, como fazer para reencher? Perguntas de quem participa de peladas, jogos de várzea e time pobre. Riam de mim diante dos argumentos assim apequenados. Em dias de ver os jogos, o Campeonato Nacional e suas luxações, o Flamengo que me pretendia para asco, o Botafogo com a classe do grande time que nunca vai morrer. Uma bola cruzada da esquerda fazia uma meia-curva e atingia o centro da pequena área para a cabeçada. Um guizo de salivação me anunciava que bem poderia ser eu a babar sobre aquela torcida, fraturar os olhos da torcida.
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