Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro Samurai para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.
Esse é mais um livro de poesias emblemático. São blocos de poesias em número determinado de forma geométrica. JH Henriques volta a produzir poemas de natureza performática, ajunta o desenho, a fotografia e as palavras sobrepostas a tudo isso, constrói um poema pleno e consciente. Não há dispersão das imagens e das formas. Tudo se condensa para deixar um plano onde as palavras possam ser estendidas. Aqui importa muito o desenho. Ou a deformação da fotografia feita pelos métodos de computação gráfica.
Essa concentração de informações é muito grande num só poema. As palavras assestadas sobre o conjunto de base – a fotografia e o desenho – atinge um limite imediato entre a razão e seus sucedâneos. Ou seja, o impacto permanece e pode ser tido como motivo para que tudo seja novamente pensando e novamente repensado. Não simples alegorias para ornamentação. A orientação que se faz em limite dessa poesia é muito grande e categoricamente é uma atividade de pensamento que renova sempre e traz visões iluminadas ao leitor.
Muitas vezes há uma dissociação entre poema e poema visual, o que costuma ser imposto por alguns pensadores e eles encontram varias razões plausíveis para tanto. Não nos cabe aqui fazer polêmica sobre isso. Ou concordar ou discordar. Cabe somente dizer que a dissociação aqui é impraticável porque as palavras estão aqui, apresentadas de acordo com a resolução poética mais pura que possa haver. Sem os desenhos e fotografias a poesia pode sobreviver e cursar caminho solo. Em alguns poucos casos isso parece não ser possível porque o poema, por exemplo, que dá título ao livro não tem caracteres escritos.
A suposição mais sucinta e clara parece nem precisar ser comemorada com palavras aqui nesse momento. O poema citado, Samurai, aquele que carrega no lombo o título da obra, fala por si mesmo e dispensa caracteres de qualquer natureza. Estigmático, ele desliza com suavidade e dá demonstração de como o visual pode ser uma criação que não se desfaz da poesia – assim como um quadro de De Chirico. A poesia aqui se associa de uma maneira magmática àquilo que o desenho pode oferecer como emblema de uma natureza oriental. Sendo dessa forma, não se trata de dizer sobre abstração, mas somente da estonteante capacidade que tem esse tipo de criação de mudar o pensamento das criaturas – não mudar em si a individualidade de cada criatura, mas apenas incentivá-la a ter olhos novos e futuros para a Estética. Apenas isso.
Em dias modernos, essa fantasia nova que surge e faz pensar, o visual como elemento poético, traduz muito a modernidade. Os longos poemas parecem ficar relegados a um outro tempo. De uma forma arquitetural, JH Henriques faz esse tipo de construção de uma maneira que parecia espontânea e lúdica. Depois de publicar mais de uma centena de livros de poesia sob a ótica convencional, mas já introduzido no experimentalismo proposto pelos visuais, o autor recorre a esse tipo de produção de uma maneira pertinaz. A variação de temas e de teores imagéticos faz com que o volume seja aveludado e simples.
Entretanto, esta simplicidade chega a se camuflar um tanto porque estamos falando de renovação da teoria literária do mundo moderno. Ares novos no sistema de visualização da Poesia. JH Henriques traz do experimentalismo essa novidade que se traduz por Estética apurada. O volume funciona como um todo. Esse Samurai é um compêndio monocórdico, sem ser, todavia, monótono. Vale a pena conhecer suas poesias todas. E que a sugestão seja pertinente: Não se aventurar em todas elas de uma única tirada, mas aproveitar todas as assonâncias que essas imagens e palavras ajuntam na memória e na capacidade de interpretação de cada leitor. Depois disso, aproveitar as invectivas dos visuais.
Alguns autores brasileiros estão a se dedicar a esse tipo de construção, embora obedecendo a outras vertentes. Esse é o caso do poeta e músico Arnaldo Antunes.
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